quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Natal, realidade viva!



Menino querido
iluminado, abençoado
Teria voce um destino ja traçado
não fosse a tirania do Homem
ou o *"censo de Quirino"
seu malfeitor?

Batizado aos 30 por João
em meio a sua homilia
De joelhos no rio Jordão
Foi reconhecido como Messias

Decidido a cumprir sua missão na terra
recrutou os seus discipulos
pregou pela Galiléia, Judéia
e em Jerusalém
realizou muitos milagres
todos dele, de mais ninguém

fez a multiplicação dos peixes,
ressussitou Lázaro,
transformou água em vinho
se ao seu lado nao viesse ninguém
teria feito tudo sozinho

Sua Ceia, uma despedida
e o anuncio da traição
uma obra prima traduzida por Da Vinci
A partilha do Vinho e do Pão

Já no Sinédrio reafirmou sua missão
padecendo sob o poder de Pôncio Pilatos,
ele que poderia ter sido sua salvação
foi crucificado, morto e sepultado
Era o fim e o início
de nosso eterno e santo irmão

Deixe por ultimo os presentes,
ruas iluminadas
e o que comemos nesse dia
Não traduza o Natal
como pura e simples fantasia

Somos todos filhos de Deus
por consequencia somos irmãos
Falar de Natal é falar de Jesus
que nos trouxe a salvação

Lembremos de seu nascimento
de sua vida e seus ensinamentos
de sermos caridosos e amorosos
não só num dia mas em todo momento

Natal é uma realidade viva
e constante em nosso viver
Ser feliz, bondoso e consciente
será bom pra mim e pra você



*Os registros romanos mostram
que Quirino foi aquele que
teria feito o censo que obrigou
a viagem de Maria a Belém

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Meu coração é seu. Esqueceu?



Que estranha despedida
Sequer tem clima de partida
cheia de meias palavras
que não somam uma explicação

Tento centrar minhas idéias
acalmar meu coração
Mostrar apenas que te amo
que aguardo o fim da confusão

Mas isso é dificil demais
e por vezes saio do sério
Que faço eu com a minha dor,
quando finda esse mistério?

Traz voce de novo pra mim
Meu coração é seu, esqueceu?
Com voce longe ele não bate
e debate,
de tanto que entristeceu

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Hoje triste? Não. Amanhã talvez...



Sou eu assim:
Hoje triste?
Não. Amanhã talvez...
Não há cristão que aguente
tanta alegria de uma só vez
Se fosse a vida só alegria,
talvez eu não suportasse
tanto prazer que me traz
essa tal felicidade
Mas quando a tristeza aperta
e eu fico quieta num canto
Vulnerável à primeira contradição
dou uma rasteira na vida
e canto logo uma canção
romântica, pra lembrar você
ou Bolero, quando tou pra nostalgia
E quando dou por mim
faço coisas sem pensar
E que há muito não fazia
Como doce sem poder
Melo meu rosto de glacê
compro sorvete pra você
Ponho Dance na vitrola
E danço ela pra valer
Vou pra rua e me molho na chuva
e fico por lá descalça sozinha
Conto piada pra mim em pensamento
e pra acabar com meu tormento
Dou gargalhada o resto do dia
A tristeza e a felicidade
são irmãs gêmeas pode crêr
te cabe apenas decidir
quem estará hoje com voce

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A procura de paz



Amor volúvel
não me interessa mais
tenho pressa
meu coração precisa amar
o amor mais puro e verdadeiro
e tenho medo
de confundir teus atos com o passado
e te julgar
Ele me flecha a todo instante
esse culpido inconsequente
acho que ele nunca foi amante
para entender o verdadeiro estrago
que um amor falso
pode fazer a um coração apaixonado
quero afago
abrigo
segurança num abraço
guardar um feliz passado
como saudade
não quero amor vazio
palavras não me convencem mais
Talvez
só esteja a procura de paz

sábado, 7 de novembro de 2009

Minha bela Maceió



Acordar cedinho
com o sol lindo a brilhar
Café preto cuado no pano
Cuscuz quentinho, no fogo cheirando
e manteiga do sertão a derreter
Na chapa o queijo coalho
do lado, uma faca, um prato
e eu na mesa a comer

Bucho cheio, que nada!
Boto uma meia, um tênis
e pego logo a estrada
de short curtinho e camiseta
esqueço logo da mesa
Num pego o carro de jeito nenhum
Me abaixo, dou uma alongada
Vou fazer minha caminhada
pra vê se endureço o bumbum

E lá vou eu ...
por entre ruas tranquilas
de óculos escuros e boné
logo avisto Seu Zé,
e seu carrinho de madeira,
de chinelo véio quase descalço
Chei'de gente em seu encalço,
Só dois no banquim de madeira
o resto de pé ou sentado no chão
Por aqui isso é besteira,
Depois bate na bunda,
Se não sujar ninguem liga não

Ele botou um real no bolso,
Numa mão o pastel de vento
Na outra o caldo de cana
foi entregar pra D. Ana,
que tá do outro lado da rua

E parecendo que seu Zé tava longe,
mesmo perto dele, ela gritou:
"Com muito gelo, meu amô?"
Ela, pegando no Posto uma ficha,
quem sabe em dois meses consiga
levar seu filho doente pro doutor

Vou seguindo em frente
tentando me exercitar
mas que nada, respiro fundo
admirando as cenas da vida
e a rotina desse lugar

É... pra chegar na praia
passo por Semáforos e "gelo baiano"
pela faixa de pedestres vou atravessando
e logo o cenário vai mudando
sentindo o cheiro do mar
com suas águas verdes e areia branquinha
admirando os coqueirais
Não paro e com segurança passeio
pois segurando com força o arreio,
observando tudo a cavalo,
estao por ali os policiais

Eita, que já vi o ômi do chapéu
Só chamo ele de "Ômi"
Nunca perguntei seu nome
e ele o meu nem se fala
Mas, seu chapéu eu comprei
Vou-me embora na pressa
No prego o pagamento ficou
Fim do mês a gente conversa
Não tenho cara de "dotô"
mas em mim ele confiou

Passo por Ponta verde
entre Jatiuca e Pajuçara
E já chegando na feirinha do artesanato
dou meia volta e volto pra casa
Nessa hora que o sol tá pelando
vou também me bronzeando
pois é quente de dar dó

Depois de uma chuveirada
vou direto trabalhar
e agradeço a Deus todos os dias
por aqui ter nascido, crescido
e a vida inteira curtido
na minha bela Maceió